Funcionários de terreiro de umbanda denunciam racismo religioso após ataque com bomba: 'Ato contra o nosso espaço sagrado'

Homem joga bomba em terreiro de umbanda em Bauru; ninguém se feriu Funcionários de um terreiro de umbanda em Bauru (SP), alvo de um ataque com bomba, acredita...

Funcionários de terreiro de umbanda denunciam racismo religioso após ataque com bomba: 'Ato contra o nosso espaço sagrado'
Funcionários de terreiro de umbanda denunciam racismo religioso após ataque com bomba: 'Ato contra o nosso espaço sagrado' (Foto: Reprodução)

Homem joga bomba em terreiro de umbanda em Bauru; ninguém se feriu Funcionários de um terreiro de umbanda em Bauru (SP), alvo de um ataque com bomba, acreditam que a agressão foi motivada por racismo religioso. O ataque aconteceu na quarta-feira (3) e foi registrado por câmeras de segurança. Assista acima. No local, além do terreiro, funciona também o escritório de uma plataforma de cursos sobre a religião. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp "O ataque não foi dirigido a uma empresa comum. Essa pessoa nem sabia que aqui também funciona o escritório. Foi um ato contra uma instituição de umbanda e contra o nosso espaço sagrado", pontua Sarah Gomes, funcionária do local. Ela revelou que alguns colaboradores estavam dentro do escritório quando o suspeito parou com a moto em frente ao prédio, acendeu o artefato explosivo e o arremessou contra a fachada, onde há uma porta de vidro. Apesar de não ferir ninguém, o ataque gerou grande preocupação entre os frequentadores do terreiro. "As colaboradoras testemunharam a ação e estão, agora, com medo de vir trabalhar. Toda a equipe está assustada com o ocorrido", explicou. Segundo ela, essa não é a primeira vez que o local sofre hostilidades. "Também já tivemos casos de agressões verbais", disse. A comunidade do terreiro defende que o episódio configura racismo religioso: "Acreditamos que foi justamente a identificação religiosa na fachada que motivou a ação do agressor", completou. Homem joga bomba em terreiro de umbanda em Bauru (SP) Reprodução/Câmera de segurança O caso foi registrado na Polícia Civil como racismo religioso, crime que passou a ser equiparado ao crime de racismo, deixando de ser tratado como injúria racial. Com a mudança, que passou a valer em 2023, a pena prevista é de dois a cinco anos de reclusão para quem impedir, obstar ou praticar violência contra manifestações ou práticas religiosas. Antes, a lei previa pena de um a três anos. Até a última atualização desta reportagem, o agressor não havia sido identificado. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília VÍDEOS: assista às reportagens da região

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